Caros Companheiros do asfalto,

Pensei bastante se devia ou não  escrever esta crónica pois tinha dúvidas sobre o “estilo literário” a adoptar. E isto porquê? Porque sendo esta a minha 4ª época no Ormei  foi a primeira vez que senti ao extremo, “a tal pressão”, a negativa e a positiva, e pior que isso (senti-la) foi a forma como lidei com ela.

Tudo começou no final dos treinos, quando depois de três colegas avançarem para a constituição da grelha, vejo apontarem na minha direcção a mandarem avançar. Claro que não me movi nem um milimetro ( em 4º ?, impossível!!!). Insistência, um olhar para trás, alguém devia estar distraído, pensei, até perceber que era mesmo comigo. Primeira situação de “pressão” positiva.

Largada, arranquei bem ( pensei  eu), pelo menos em relação a quem estava  na linha da frente, mas como quase sempre, vindos  de trás “movidos a nitro” já dois concorrentes  estavam a meu lado, e isto em menos de dez metros (fantastique!!) e outro já estava pendurado na minha traseira com aqueles “suaves” toques de aviso, tipo, vê lá se andas, pois isto aqui está a ficar preto, com esta malta  toda atrás de mim e com a “ faca nos dentes”. Primeira situação de “pressão” negativa.

Vou saltar para a vigésima volta, apenas para dizer que  finalmente cedi “à pressão” (indo calmamente para a box).Não querendo fazer  qualquer comentário sobre o que foi relevante ou não neste percurso, com uma excepção apenas, para referir que fiz pela 1ª vez uma manobra que eu próprio condeno ( se bem que estou cansado de as ver fazer...e eu mesmo as sofrer), atitude essa que até a mim me surpreendeu, tendo por isso mesmo e não só, procurado o concorrente em causa, para lhe pedir desculpas pelo sucedido, o que foi alcançado.

Como parei mais cedo, tive tempo para reflectir e tomar a decisão de como abordar a 2ª prova.Treinos calmos, um lugar cá atrás (aliás é ao que estou habituado) e na corrida “curtir” a condução, sem “pressões” ,sempre com a cauda do pelotão à vista. Objectivo fácil de alcançar, logo missão cumprida.

Moral da história.

Todos estamos sujeitos a errar, mas há errar e errar. O erro intencional, como parte de uma estratégia da qual se pretende tirar vantagem é  condenável e devemos lutar para o erradicar, muito mais num cenário de grupo restrito onde se pretende respeito, lealdade e fairplay. Eu por mim tenho tentado ser um praticante convicto destes valores e agora mais que nunca. Estou aqui para me divertir, libertar-me do stress do dia a dia e acelerar rente ao chão sem dramas ou frustrações, mesmo que seja na cauda do pelotão.

Até Évora.

José Oliveira

Caros Amigos Kartistas

Após um interregno de 1 ano nas crónicas estou de volta contra vontade, mas com a certeza de que este ano bem como no ano passado se não escrever nada não consigo uma boa classificação. Por isso cá estou.

Depois de ler as crónicas já publicadas e depois de ler as do ano passado mantenho a minha opinião que em certas matérias as crónicas acabam por ser prejudiciais no relacionamento de todo o grupo apesar de ter o lado positivo de no tempo que medeia entre corridas os Ormei podem ir lendo o que cada um escreve mantendo uma certa união.

No entanto prezo-me de observar que de um modo geral, este ano, pelo menos até agora, as pessoas estão mais contidas e mais diplomáticas na forma de abordarem certas matérias.

Já agora e para que conste vou-me atrever a dar a minha opinião em relacção aos toques. Nos poucos anos de Ormei nunca a dei e só neste momento me decidi a dizer algo sobre o assunto.

Participo noutros troféus, em corridas de resistência, em corridas de equipas e já participei até à minha lesão em corridas com Karts particulares e de forma alguma acho o troféu Ormei com mais toques ou menos toques que outro qualquer. É obvio do meu ponto de vista que quanto mais for competitivo o troféu mais casos vão surgir. Mas isso faz parte das corridas. O que tem de ser salvaguardado é que se os excessos ultrapassarem o razoável a direcção da prova pode tomar as decisões que entender.

Esta minha opinião ainda mais saiu reforçada depois de ver no motors tv as corridas de Rotax. Aquilo sim em certas alturas parecia uma selva mas a nenhum piloto foi mostrada uma única bandeira. E não tinham ferros nos karts.

Para finalizar só quero acrescentar que não sou nem mais nem menos que os outros pilotos. No troféu Ormei já me atiraram para fora da pista, já me deram toques menos maldosos ou maldosos e até posso acrescentar o que poucas pessoas sabem que o culminar da minha lesão no ombro foi precisamente no Campera quando alguém resolveu entrar por dentro numa curva e varrer quantos lá estavam, e se calhar numa ou noutra altura também já cometi erros.

Provávelmente se não existisse o forum todas as situaçoes passavam mais ao largo.

E aqui voltei eu ao forum. Como não vou voltar a falar noutras crónicas sobre o forum só quero acabar este assunto com uma chamada de atenção. Qual é a justiça de se atribuirem tantos pontos quando ao olhar para a classificação do ano passado só os pilotos da 1ªmetade da tabela é que têm crónicas com fartura. Realmente não me parece nada justo para pilotos mais lentos ou rookies.

Da corrida pouco tenho a dizer a não ser que correu bem. Não dei toques nem levei, dei uma porrada de curvas para a direita e poucas curvas para a esquerda (não houve inversão de pista), fiz umas quantas rectas e infelizmente sempre colado a alguém.

Saí extremamente cansado não sei porquê, mas no sábado já estava pronto para o troféu Funkart que diga-se de passagem também não correu mal

Boas corridas a todos e até Évora.

Então lá nos juntamos no Campera.

Desta vez não trago boas recordações desta prova pois no meu primeiro treino

A coisa não correu muito bem tendo feito só o 17º tempo 1 segundo do 1º

Logo numa pista onde os karts estão com um nível de andamento muito equilibrado.

A corrida não correu muito melhor tendo terminado em 16º.

Nos segundos treinos a coisa correu aparentemente melhor tendo ficado em 6º.

A partida correu menos mal apesar de ter sido relegado  para o meio do pelotão.

Depois enfim lá fui parar aos últimos lugares não sem antes levar uns chega para lá em pontos estratégicos do circuito.

Agora vamos para Évora onde espero que as coisas me corram um pouco melhor.

Abraço.

Em 1º lugar uma palavra de apreço para o Rui Carneiro, pelo seu empenho e dedicação que se traduz numas horas de bem estar para todos nós.

Depois de muito reclamar com o dia e hora da prova consegui organizar a minha vida profissional e ser o terceiro a chegar ao Campera a tempo e horas (os atrasados deviam ter sido penalizados).

Aproveito para manifestar o meu desagrado em relação a este formato ABC. No meu caso, para inicio de época e com a minha idade já não aguento duas seguidas numa sexta-feira à noite.

A corrida prometia pois fui afortunado no sorteio dos Karts, tendo-me saído um carro que me deixou bem impressionado logo no primeiro contacto.

Lá fui eu com o lastro do costume para os treinos (mas há quem continue a levar os classicos  4 garrafões).

Na partida tentei combater a habitual inercia e evitar ser passado como é frequente pela malta que vem atrás. 

A corrida correu-me bem, percebi que tinha andamento para os mais rápidos mas quando cheguei atrás do Luis Silva percebi que me ía ficar por ali. Quinto lugar tendo em conta a feroz concorrencia deixou-me satisfeito.

Confesso que não fui muito entusiasmado para a 2ª manga, pois o cansaço era suficiente para me deixar apreensivo.

Mas lá fomos para os treinos onde me aguentei a fundo até ao fim sem me ressentir ou ter de recorrer a voltas em marcha lenta para poupar o físico.

Deu-se a partida e uma vez mais voltei a fazer um mau começo, no entanto as voltas foram-se sucedendo e apercebi-me que estava suficientemente rápido para acompanhar os que estavam à minha frente e tentar a minha sorte. Esta efectivamente chegou quando o Pedro Rafael teve uma pequena saida nas curvas que antecedem a recta da meta e consegui meter pelo buraco da agulha trazendo na cola o Rui Carneiro. Depois foi aguentar até ao fim cometendo erros atrás de erros, mas lá consegui manter a possição. 

Em conclusão, o balanço só podia ser positivo e confesso que até gostei de ter o fim-de-semana todo só para a familia.

Cumprimentos

João Gomes Teixeira

Caros amigos e companheiros kartistas.

Chegou a data limite para a colocação de crónicas de modo a poderem pontuar.

Podem continuar a colocar as vossas crónicas mas as mesmas não serão pontuadas.

Obrigado.