Colocado: 20 Janeiro 2010 às 13:32 | IP Registado
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Ao contrário do meu grande amigo João Gonçalves, de tarde não aprendi nada - limitei-me a aplicar o muito que aprendera de manhã.
Continuei sempre a andar o mais devagar que consegui, pelo que tinha a certeza que estava a ser rápido, o que se confirmou com o 2º lugar dos treino, atrás do João Gonçalves (qq dia retiro o que disse acima sobre ele ser meu amigo). Atrás de nós lá estava o determinado Mealha e o surpreendente Abril.
Tinha que tentar ultrapassar o João na partida, beneficiando do facto de normalmente fazer a 1ª curva por dentro. Era arriscado, mas ía dando resultado, só que à saída tive de tirar o pé ou ficávamos lá os 2. O Mealha resolveu aproveitar o meu tirar de pé para me passar, só que ficou por dentro para a 2ª curva e não conseguiu agarrar o kart, que saíu às arrecuas em direcção a mim. Como resultado deste toque abriu-se de imediato um fosso enorme entre o 1º (o João) e o 2º (Eu). Cometi o erro de deixar de andar devagar, pelo que fui perdendo ainda mais terreno e acabei por ser ultrapassado pelo Girão e o Pedro Fonseca. Para minha sorte ambos se despistaram e resolvi continuar devagar até ao 2º lugar final.
Apesar do 9º lugar da grelha da 2ª manga, tinha esperanças de alcançar um bom resultado, usando a táctica da 1ª manga. Assim fiz e fui ganhando posições - incluindo um facto curioso que foi ter ganho posição ao João Gonçalves umas 3 ou 4 vezes. Na minha recuperação tenho de destacar o papel do Carlos Abril: estava rapidíssimo e difícil ou impossível de alcançar, mas fez um meio pião no ss antes da recta grande e correctíssimamente esperou que os perseguidores o passassem, evitando uma situação de perigo, apesar da perda de lugares - palmas para ele.
Continuei em franca recuperação até ao 2º lugar. Estava completamente colado ao Mealha, que já acusava a pressão, a poucas voltas do fim. Na realidade eu não estava interessado em passá-lo, pois com um 2º lugar - ou mesmo 3º, se o Carlos recuperasse a posição - ficava em 1º no conjunto das provas da tarde. O destino é que resolveu avisar-me que ainda não era altura de vencer uma prova em Fátima - apesar dos progressos.
Teve o destino o nome de Jorge Fonseca. Fiquei com o Jorge entre mim e o Mealha, logo a seguir à meta. Após ter feito uma prova sempre dentro dos limites da pista, sem qq toque não era altura de a estragar, pelo que optei por ficar mesmo atrás do Jorge, fazendo trajectórias diferentes das dele, não fosse o diabo tecê-las. Só que bastaram 4 curvas para tecer mesmo, pois numa curva que eu fiz extraordinariamente por fora e o Jorge por dentro, o kart dele foi escorregando para fora e eu não consegui abrandar o suficiente para evitar o toque e aí foi o meu nose flying pelos chuvosos céus de Fátima. O Jorge não teve qq culpa do acidente e acho que eu pouca culpa tive, uma bandeirinha azul é que fez mta falta ali !
Para além do tempo e 4 lugares perdidos na montagem de um novo nose (uso o inglês para evitar bocas do Amorim), resolvi esquecer-me que não podia atacar logo à saída das boxes e 3 curvas passadas estava a entrar de traseira pela gravilha a fora. Foram mais 3 lugares perdidos, o que me fez voltar à posição da grelha.
Apesar de tudo o balanço foi mto melhor que o meu habitual em Fátima à chuva. Espero que a partir de agora se aguente.
Gostava de deixar uma palavra especial para dois pesos pesados dos nossos troféus, o José Palmeirim e o Carlos Abril, que andaram desalmadamente bem. Mostraram nestas difíceis circunstâncias, que não fora o peso e poderiam andar mais vezes lá pela frente. Muitos parabéns a ambos.
Abraços a todos,
Luís.
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