Colocado: 01 Fevereiro 2008 às 15:58 | IP Registado
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Caros companheiros do In Hoc Signo Vinces !
Antes de mais o meu pedido de desculpas por esta crónica
tardia, mas o princípio da semana retirou-me o tempo necessário para me dedicar
à escrita. No entanto, também contribuiu para o serenar da minha paz de espírito,
e assim deixar um melhor contributo neste forúm.
PARTE 1 (a 2º parte, correspondente às corridas está em elaboração)
Foi em grande euforia que o dia de sexta-feira se iniciou.
O toque de alvorada em Santa Cruz, dava inicio ao que seria
um fim de semana memorável na longa história do IHSV. O check-up esta feito, a viatura
preparada, e apenas faltavam os pilotos para seguir viagem.
Derivado a um problema na “electrónica” do GPS do nosso
Organizador, o nosso amigo perdeu-se e foi parar mesmo no centro de Santa Cruz,
o que provocou um ligeiro contratempo na chegada. Sanado o problema via
assistência telefónica, conseguiu chegar ao ponto de encontro, acompanhado por
um sonolento Nuno Moura.
Enquanto se esperava a chegava do último piloto, o
“Rodriguinho” Almeida, foi servido um ligeiro buffet, chá, café e pastéis de
feijão, acompanhado de cães e gatos por tudo quanto era lado ! Foi o melhor que
se podia arranjar, pois não tinha sido possível contratar meninas de
guarda-chuva para uma sexta-feira !
Continuava-se à espera do Rodrigo, o que serviu para um tour
guiado pela casa, onde foi possível ver a “pista de ensaios” (vulgo
playstation3).
Continuava-se à espera do Rodrigo….até que foi necessário
enviar um sms, que obteve um telefonema na resposta, dizendo o mesmo que ainda
estava em Lisboa !!!
De imediato foi combinado seguir viagem, e em Leiria
faríamos o transbordo.
Com a caravana carregada com o equipamento que faltava,
demos inicio à viagem.
Até Leiria, a viagem decorreu em amena conversa. A meio da
viagem, 2º telefonema no Rodrigo a dizer que “ainda” estava a entrar na A1… A
coisa não parecia ter melhorado, no entanto, como ele ia de carro, a chegada a
Leiria deveria ser simultânea, dado que nós íamos mais devagar. Foi-lhe dito
para sair na portagem e parar no parque, já fora da auto-estrada, imediatamente
a seguir às portagens. Só teria de atravessar (a pé) a praça das portagens,
para fazer o transbordo.
Seguimos viagem, em Leiria saímos da A8 e fomos até à
entrada da A1, para esperar o Rodrigo, o que só aconteceu passados uns
desesperantes 25 minutos !!!
Aqui mais uma vez (neste dia), o insólito aconteceu….O rapaz
saiu da A1 pela Via verde e nem olhou para o parque !!! Foi dar a volta
à rotunda (por cima da Nacional 1) e
voltou para trás ! Mas….pior que isso….voltou a entrar na A 1….desta vez pela
via dos bilhetes !!!! Fabuloso !!! E finalmente parou, onde nós estávamos, no
parque a seguir à praça das portagens.
Este rapaz….ou tinha dormido mal….ou é completamente
despistado !!!!
Cedo se começou a especular qual seria a penalização a
atribuir ao dito piloto/condutor !!! Entretanto, lá se conseguiu fazer o
transbordo da carga e seguir viagem, com quase hora e meia de atraso….
A viagem até ao kartódromo decorreu sem incidentes, com
apenas o caso da palmada que tive de dar na mão do miúdo (Rodriguinho) por se
por a mexer nos botões no rádio !!! he he he he
Sempre em amena cavaqueira, seguimos as indicações todas que
o TomTom ia dando, até nos vermos nas traseiras do kartódromo, numa estrada de
terra muitoooooo manhosa !!!! Conseguimos dar a volta toda ao kartódromo, por
onde ninguém deve ter passado calculo, e lá demos com a entrada. Neste momento
já só se pensava….vamos treinar…vamos treinar…!!!
Posso dizer que fomos bem recebidos pelos funcionários do
kartódromo, que de imediato nos disseram que poderíamos treinar, mas que só
tinham disponíveis os “390”,
com o custo de 50 € para os 20 minutos
pretendidos. No entanto, mais tarde em pista, deram um “descontito” no tempo.
Foram simpáticos. Além disso, deram todas as indicações pedidas sobre a
estrutura de apoio do kartódromo, assim como nos deixaram pernoitar dentro do
recinto, o que por sí só revelou uma grande simpatia e consideração, e que foi
devidamente agradecida.
Todos de fatinho lavadinho e passado a ferro, fomos para a
pista, mais para conhecer o traçado do que para qualquer outro objectivo.
Entretanto mais pilotos participantes na TIT, iam aparecendo, alguns deles
também vindos do sul.
Pelo meio desta azáfama toda, recebemos a informação de que
o Luís Soares de Melo esta preste a chegar ao kartódromo. Infelizmente, por
razões de trabalho, o mesmo não pode realizar a viagem na auto-caravana, embora
tenha chegado quase ao mesmo tempo a Viana !
No final dos treinos, já estava eu a parar na zona de boxes,
eis que vejo aquela figurinha singular do “hôme” da Castrol preparado para
fazer a sua sessão. Ainda dei mais duas voltas junto com ele, em pista.
Acabados os treinos, foi tempo de tirar a “farda” a
aproveitar uns minutos de descanso, com alguma brincadeira à mistura. O sol já
se tinha escondido, mas um final de tarde friorento ainda convidou a uma
deslocação a Viana, desta vez com o Luís Soares de Melo como chauffer, para
atacarmos uma pastelaria, e repor os níveis de açúcar que estavam em baixo !!!
De volta ao kartódromo, com a motorhome oficial parqueada
definitivamente, foi o momento de preparar a mesa para uma refastelada ceia que
se adivinhava !
Após o momento solene de acender o forno, deu-se a cerimónia
de decantação da vinhaça, pelo nosso regedor, misturando o aroma do néctar
proveniente do tinto, com o suave sabor que pairava no ar, proveniente do
empadão que entretanto ia aquecendo no forno.
Tudo isto foi acompanhado à mesa, por uma salada de vegetais
e fruta (para ajudar na digestão), tendo terminado com doces regionais de Viana
e café (café expresso, que havia máquina a bordo! Nada de mistelas daquelas
tipos nescafé!).
Dado o espaço reduzido em que foi efectuado o repasto, no
final da refeição houve uma necessidade imediata de ir esticar as pernas,
embora “lá fora” estivesse uma noite gélida, como é apanágio nesta zona
geográfica, principalmente nesta altura do ano.
Mal tinha acendido um cigarrinho, uma viatura não
identificada parava ao lado da caravana. Os seus ocupantes tinham um olhar
desconfiado perante o cenário encontrado e aos poucos foram saindo do carro. Seriam
da PJ…? Seriam do SIS…? Pior ! Seriam da ASAE…? Nãoooooooo…..Afinal era só a
Rosário, o José Lopes, o Rui e o Raul (todos companheiros do Ormei) que tinham
acabado de chegar de terras Mouriscas.
Tinha chegado ao fim, um dia repleto de aventura e bons
momentos, e estava na hora de dividir as camas. Das 3 disponíveis (para 5
marmanjos), logo uma ficou definida !!! O nosso organizador ficaria
solitariamente na mais pequena, enquanto as outras duas seriam partilhadas.
Estava dado o toque de recolher, mas não sem antes, no meio da escuridão se
irem ouvindo os típicos comentários de caserna !!!
Alvorada do dia de prova.
Logo pelas 6h30 se começaram a ouvir os ruídos de quem
madruga cedo. Era o nosso António, ainda meio embebido num sonolento acordar,
que ia arrumando o seu saco-cama e cobertores. A isto se seguiu uma cantilena
no chuveiro, certamente após ter levado um valente escaldão (pensavam que a
caravana não tinha água quente não era….? Pois queimaram-se !!! hehehehee)
Claro que com isto tudo, eu e o Nuno íamos acordando (e
rindo) à medida que os minutos passavam, enquanto o Luís e o Rodrigo dormiam
(ou tentavam).
Ia-se preparando a ceia matinal e aquecendo a máquina do
café…
Já nós os 3 de farda vestida, ainda o Rodrigo andava à
cabeçada às paredes (tentando acordar) enquanto o Luís estava envolto em
cobertores e edredons! O que lhe sucedeu, foi que fomos colocando em cima, tudo o que havia à mão, ficando este
literalmente com uma parede de almofadas, cobertores, sacos cama e afins,
inclusive com a escada que serve para subir para a cama, em cima dele. Mas nem
assim acordava.
Quando finalmente abriu os olhos, logo percebeu que não
seria tarefa fácil descer dali de cima. De olhos ramelosos mal abertos, nem me
quis ouvir, e resolveu atirar-se (literalmente) cá para baixo ! Resultado, uma
valente canelada numa mesa. Deve ter tido a perna a conversar com ele a manhã
toda !
Entretanto juntava-se a nós o Miguel Amorim, acompanhado
pelo seu repórter privado, o Sr. Amorim. Só faltava o Rui Mealha, de quem nada
sabíamos, por estar em retiro espiritual para uma concentração máxima nas
provas que se avizinhavam!
Com a chegada do Rui ao kartódromo, estava assim a equipe
completa, e demos inicio aos procedimentos protocolares de pagamentos e
pesagens.
Pouco tempo depois, fui para o briefing da organização (do
qual vos vou poupar à sua dissecação) apenas mencionando que por solicitação de
ajuda da organização, me ofereci como voluntário para ajudar na zona de
controlo dos pesos, onde estive com um companheiro piloto da equipe do BCP
(equipe vencedora da taça).
Pelo meio de isto tudo, certamente os nossos pilotos mais o
nosso organizador, iam-se dividindo em conferencias de imprensa e sessões
fotográficas, envergando orgulhosamente a camisola com o nosso símbolo! FIM da 1ª PARTE
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