Caros amigos e companheiros kartistas,

Devido a algumas "bocas" vou fazer uma crónica pessoal diferente da do organizador que anda um pouco atrasado.

Como de costume pouco antes das 08:00 estava a chegar ao local de encontro habitual, parque de estacionamento debaixo do viaduto do campo grande, em frente à churrasqueira.

Estava eu a entrar no parque, o Luis Mello e o António Baptista a sair, coisa estranha pensei... Já antes tinha ligado o Paulo Figueiredo e eu desliguei-lhe a chamada, ainda estava a caminho ....

Pelas 08:00 é a chamada habitual para um dos nossos condutores, o Luis (sempre atrasado) Vaz. lol Estava acordado mas tinha-se esquecido de por o despertador e ainda ia comer qualquer coisa.

Entretanto chega o Paulo Figueiredo e depois o Luis Mello e o António Baptista que tinham ido tomar o café. Ficou decidido que desta vez levávamos o carro do Luis Mello e lá foram as coisas todas para dentro do carro dele.

Depois de muita conversa e eu a desesperar com o atraso lá aparece o Luís Vaz que também quer levar o carro paro poder vir mais cedo. Isto resolve-nos um pequeno problema de espaço pois à volta seríamos 6 pois o Gonçalo Magalhães viria de boleia para vir ver o futebol, visto que o André fica para a corrida dos Viciados a realizar da parte da tarde.

Estávamos a sair do parque e chega a família Magalhães com os karts a reboque para treinos intercalares das corridas.

Lá seguimos rumo a Leiria, eu no carro do Luís Vaz, o Paulo Figueiredo e o António Baptista no carro do Luis Mello.

A conversa habitual pelo caminho e lá chegamos a Leiria com uns 5 minutos de atraso e alguns kartistas mais madrugadores a apontar para o relógio, como é habitual nestas circunstâncias (organizador sofre)...

O secretariado ainda não estava aberto e pior, não tinham ligado a máquina do café, pelo que para alguns kartistas foi uma espera demorada.

Lá fazemos as pesagens para quem quis, os pagamentos para todos e seguimos para o briefing. Neste kartódromo, sou eu que tenho de pressionar para se despacharem e ainda por cima dizem que fico com cabelos brancos com tanta pressa. Tenho de explicar que não posso perder o control se não qualquer dia os pilotos chegam atrasados e nos outros kartódromos as provas começam "sempre" à hora, sendo tudo a correr.

No sorteio, era para tirar as fotos a todos os pilotos, mas a máquina esqueceu-se de levar carga e tive de ir improvisando e esperando que a bateria chegasse para as fotos mínimas da prova.

Pelo meio tinha caído um chuvisco que molhou a pista. Houve uns "valentes" que vestiram os fatos de chuva, mas rapidamente os tiraram, mesmo antes dos treinos e de irem buscar os karts à oficina.

Terminado o sorteio lá fomos buscar os karts e colocar os respectivos pesos. Muita demora para começar os primeiros treinos, o sistema também tinha de aquecer como a máquina do café. lol

Logo nas duas primeiras voltas notei que não era um grande kart, mas não estava à espera que fosse tão mau. 17º Lugar dos treinos, numa pista que conheço, não é habitual. Mas o pior ainda estava para vir. Na partida, perco alguns lugares, ganho

outras, nomeadamente à Rosário que faz um pião na 3ª curva e mantenho-me na 18ª posição na cola do novo piloto inscrito Francisco Ferreira, um dos GALP boys. Passado 3 voltas, lá vem o furacão Rosário que me passa na curva da oficina, bem como o Luis Mello que seguia atrás de mim e aproveitou a boleia. Foram várias voltas até que conseguimos passar o Francisco Ferreira, ascendendo ao 19º lugar. Pela 11ª volta, depois de ter dados muitos toques ao Luis Mello que travava muito cedo, ele deixou-me passar... Tinha de arriscar pois a armada que vinha atrás estava a aproximar-se. A distância para o 17º já era muita e o kart não ajudava, pelo que foi só tentar não cometer erros para não ser ultrapassado. Tive a vantagem de ficar o Luis Mello a fazer de rolha. A duas voltas do fim o Luis Mello desiste de lutar e deixa passar os pilotos que se encontravam atrás dele. O único que não o passou foi o Paulo Pardelha, outro inscrito que começou nesta prova e cujo andamento ainda não se enquadra no restante grupo, tendo terminado a 2 voltas do 1º. De realçar a rapidez com que se afastava para facilitar as dobragens dos pilotos mais rápidos. Ao analisar os tempos percebi que exceptuando Paulo Pardelha, o Luís Mello era o único piloto mais lento que eu quanto à volta mais rápida da corrida, tendo ficado a quase 2 segundo do piloto mais rápido.

Para a segunda corrida, troquei de kart com o José Lopes, que conseguiu a 8ª posição. Foi-me dito que o carro era um canhão e que era para vencer a corrida.... Comecei os treinos com muita esperança mas só consegui a 6ª posição. Era muito melhor que o anterior, mas eu não me adaptei ao kart que demorava a sair. Começada a corrida, consigo ganhar o lugar ao João Raimundo. A seguir, devido a um erro do Luis Silva, consigo ganhar outra posição, e durante algumas voltas sou "empurrado" literalmente pelo Luis Silva nas rectas. Tento não perder o contacto com o Paulo Figueiredo, mas é tarefa inglória. Nunca gostei deste traçado pelo gancho à direita e não conseguia entrar sem perder muito rendimento e a recuperação do kart era difícil. Depois de já estar a 2 segundos do Paulo Figueiredo alargo muito no gancho, vou à terra e o Luis Silva aproveita muito bem para passar, tendo ficado com o João Raimundo à cola. Durante várias voltas estiveram entretidos a lutar entre si e consegui não ser "atacado" mas por fim um João Raimundo mais rápido e sempre impecável, conseguiu ultrapassar-me. Duas voltais a seguir, um Dário desaustinado que tinha partido quase do fim, ultrapassou-me para na última voltar conseguir igualmente passar o João Raimundo. Mais umas voltitas e o Luis Vaz estava a afiar o dente para conseguir aproximar-se. Vistos os tempos, só consegui a 13ª volta mais rápida, pelo que tendo terminado em 6º, nem foi mau.....

A última etapa estava prevista para as 13:00, mais uma vez sentados, mas desta vez com cobertura e ainda bem, pois mal acabou a corrida começou uma chuva miudinha que molhou tudo. A família Magalhães trouxe muitos convidados e no final éramos mais de 40 para almoçar. Começou-se com uma sopa da pedra e depois os grelhados mistos. Já tínhamos acabado de comer a sopa da pedra, apareceram mais 2 pilotos. Já nem estava a contar com eles. Tinham-se entretido a conversar e esqueceram-se do almoço, era o Paulo Figueiredo e o Alexandre Valle que era para não almoçar mas no fim lá comeu. Resolveram sentar-se numa mesa à parte pois a nossa já estava completa. Para terminar vieram as sobremesas, ou melhor fomos às sobremesas e depois ao café.

Pena ter terminado tão depressa quanto começou. Para o Ano há mais.

Desejo a todos um Feliz Natal e muito boas entradas em 2008, com muitos sucessos à mistura.

Rui Carneiro

Saudações a todos !

Cá vai a crónica da praxe!

Desta vez, a segunda prova do troféu Ormei levou-nos até à terra onde D.Dinis teve a primeira visão ambiental, do estado português, e não foi com eucaliptos, não senhor…foi com pinheiros!!!

Tal qual os cavaleiros da época, ao nascer da madrugada, os bravos senhores, e senhora também, da Ordem de Ormei, preparavam as suas montadas e davam início a mais um dia de bravura.

Mais tarde, no local das provas, iam chegando, reluzentes nas suas armaduras do mais fino nomex, com os seus capacetes a cintilar, dando lugar aos cumprimentos da praxe, à discussão sobre a meteorologia, aos pagamentos e pesagens, enfim…a toda uma coreografia que antecede o momento de cada torneio em pista.

Neste mesmo instante, um cataclismo abate-se sobre o lugar dos Milagres…não havia café no Kartódromo!!! Alguém se havia esquecido de ligar a máquina do café quando chegou. O desespero abateu-se de tal forma, que alguns dos bravos e suas comitivas, chegaram ao ponto de optar por tomar o dito mesmo frio. Foi a melhor solução encontrada para repor os níveis de cafeína necessários, numa manhã meio invernosa. O que valeu, foi que, pelo menos ainda havia açúcar!

Chove…não chove…grande dilema!

Ainda antes da foto do grupo, alguns sépticos já tinham o seu “preservativo” vestido, sob a ameaça na forma de um ligeiro borrifo que o S. Pedro largava sobre o local. No entanto, esses mesmos, antes de saírem da garagem, decidiram voltar à primeira forma (sem fato de chuva), pois o céu ia limpando. Pior que apanhar alguns pingos, seria fazer uma pequena sauna dentro do fato de chuva, durante o treino e primeira manga.

Finalmente é dada a ordem de saída para a pista. Durante os 5 minutos de treino deu para perceber que a pista não estava muito escorregadia e que se podia andar rápido. O 4º lugar na grelha representava um bom presságio para a 1ª corrida do dia.

A curva 1 de Leiria é sempre complicada, pois quando a segunda metade do pelotão lá chega, leva mais 20 metros de embalagem que os primeiros. Foi muito importante para os 4 primeiros não haver o mínimo toque, e assim podemos todos seguir em frente, sem grandes complicações. Sentia que o kart estava bem equilibrado e que ganhar o perder tempo para os 3 primeiros, que seguiam à minha frente, seria uma questão de cometer ou não cometer, erros.

No decorrer da 2ª volta, fui surpreendido pelo Dário, recuperando imediatamente na volta seguinte, numa altura em que o Dário e o Augusto disputavam a posição. Consegui assim chegar ao 3º lugar, encostado ao João Raimundo. No entanto, com estas disputas, o André tirava grande proveito, ganhando uma vantagem considerável. Estava a fugir de todos a olhos vistos !!!

Decidido na condução, e sendo Leiria o meu circuito “fetiche”, ataquei a segunda posição decidido a dar o máximo para chegar ao André. Assim foi, ao passar o João ainda na 3ª volta. A partir de agora sabia que tinha de “dar o litro” para chegar ao André, que já tinha quase 3 segundos de vantagem.

Volta após volta, fui ganhando terreno e ao fim de pouco mais de metade da corrida, estava encostado ao André. Atrás de mim tinha vindo o Augusto e estava coladinho também, sempre à espera de uma “aberta” para passar. O André percebeu bem onde estava mais rápido, e na curva 3, em duas voltas sucessivas, travou forte e cedo, o que provocou dar-lhe 2 ligeiros toques. Claro que após a segunda vez, percebi o que estava a fazer, e sabia que tinha de travar também mais cedo para evitar confusão. No entanto, fui surpreendido por uma bandeira preta e branca…Ao que parece, as penalizações são para que dá, inadvertidamente, toques, e não para quem dá fruta !!! he he he !!! Mas enfim…

As posições mantiveram-se até final, sempre com o André a defender muito bem a sua posição, e eu sem deixar o Augusto tirar proveito da situação.

Após merecida pausa, lá fomos para os treinos da 2ª manga, com um traçado alterado, que era mais uma novidade para mim.

Desta vez, calhava-me o kart que tinha sido, na 1ª manga, do Luís Soares de Mello…Meu Deus…

Sabendo que os karts dele têm sempre problemas (?)…adicionando os maus tratos que devia ter levado (he he he) não me esperava tarefa fácil !

A verdade é que o kart não era do mesmo gabarito que o que tinha tido na 1ª manga. Mesmo assim, o 14º lugar na grelha não foi nada mau. Ao meu lado tinha o António Baptista e atrás de mim o João Carlos. Ambos estavam com cara de poucos amigos (he he he) o que me fazia temer a abordagem da primeira curva.

Dado o sinal de arranque, abordei a 1ª curva ligeiramente do lado de fora. Foi a minha sorte !!! Com 13 carros em sanduíche a fazer a curva, pode apreciar a abordagem temerosa do António ao entrar pelo lado de dentro, como se não houvesse amanhã ! Deve ter tido um problema de travões, pela certa (?)… Até pensei que tinha começado a trovejar, mas afinal foi apenas o som de ferro-com-ferro !

Ainda aguentei o João Carlos até à 2ª volta, mas este estava decidido a ir para a frente, além de estava mais à vontade no traçado. Durante algumas voltas, pode admirar uma luta sem tréguas entre o António Baptista e o João Carlos, sempre à espera que aquilo desse em despiste dos dois, tal não era a violência! he he he

A estes dois, tinha-se juntado o Dário, que chegou a estar “entalado” entre os mesmos…coitado….

Como se isto não chegasse, o Gonçalo Magalhães, passou-me na volta 8. Não ultrapassou apenas a mim, mas também o António e o João Carlos. Bem aproveitado!!!

A partir daqui o João Carlos conseguiu seguir em frente e distanciar-se e fiquei eu na “luta”. Na volta 14 recuperei a posição para o António Baptista e na volta 18 passei o Gonçalo Magalhães. Ou seja, terminei a manga exactamente na mesma posição que a tinha iniciado!

Seguiu-se o almoço, que desde já peço desculpa pelo atraso a que o Paulo Figueiredo foi sujeito. A verdade é que estava de saída, mas a conversa que demos inicio entre os dois carecia de continuidade.

Bem, não vou escrever mais, senão ainda sou multado por excesso de linhas !!!! Hehehe !!!

(além de que o prazo acaba hoje…)

Para aqueles que não falar antes, desejo um óptimo Natal a todos, e respectivas famílias, com votos de um 2008 pleno de sucessos pessoais, profissionais e desportivos, claro..e com muita saúde !!!

Beijinhos e abraços

Alexandre José Pereira do Valle

O regresso a Leiria

Após largos meses e depois de ter tido uma estreia para recordar no circuito de Leiria, desta vez a coisa correu bem ao contrário.

Comecei por ser alegremente premiada por um kart que devia estar em greve de zelo, pois andar e travar como devia, só mesmo depois de muitos requerimentos, esperas e sobretudo muito boa vontade e mesmo assim... nada!

Era vê-los passarem por mim cheios de pressa a atropelarem-se uns aos outros para verem quem chegava primeiro, pois de nada serviu os meus rogados pedidos para me deixarem fazer parte do grupo já que fui totalmente ignorada!!!...

E pronto lá estava eu no final da lista após os treinos cronometrados, posição que não deixa de ser algo interessante, dado que nos permite ver a grelha toda formadinha e bonitinha à nossa frente, mas como vejo mal e a distância para o semáforo era grande, continuo a preferir arrancar lá mais para a frente.

A prova foi um autêntico pãozinho sem sal... não fosse um monumental pião logo no arranque e que me deixou como carro vassoura e me obrigou a fazer um esforço adicional para limpar um pouquinho aquela imagem que existe das “Gajas não são feitas para isto, andam sempre a trás”....

Para a segunda prova estava cheia de esperança de apanhar alguma coisa um bocadinho melhor do que o 1º charuto, mas mais uma vez me enganei... e definitivamente este fim de semana estava destinada a “fumar” o tempo todo!

Se a 1ª prova não teve história, a segunda então muito menos apesar de alguns momentos mais apimentados com os colegas que seguiam à minha frente, cujo na última volta resolveram-se embrulhar deixando-me finalmente passar... haja educação, eh, eh, eh...

Pena mesmo foi, a chuva só ter chegado para o almoço pois se ela nos tivesse visitado mais cedo, a coisa tinha sido bem mais animada, oohhh se tinha!!!....

Agora resta-nos aguardar pela próxima e já agora com muita água à mistura!

A todos um Natal muito feliz e cheio de prendinhas e um 2008 cheio de coisas boas.

Beijinhos

RS

Ora viva rapaziada. Aqui estou...de novo atrasado...desta vez para comentar a 2ª corrida da época.

Antes de me começar a queixar (eheheh) quero começar por parabenizar (ouvi este verbo numa novela brasileira e ficou-me no ouvido!) os pilotos que este ano ingressaram neste troféu - como sempre faço questão de referir - de amigos.

Com efeito têm não só revelado um ritmo que inevitavelmente ajudará a elevar o andamento global - já muito razoável - herdado de "outros campeonatos", como têm demonstrado capacidade para perceber o astral com que todos vamos para estas provas. Da minha parte, obrigado!

Em relação à corrida posso dizer apenas que foi "assim assim", mas mais para o "assado" :)

Na primeira manga não aproveitei convenientemente os treinos e com o 12º tempo senti o que é fazer de "Recheio" (esta é para o João Raimundo e o José Eça!). Realmente, se à quantidade e intensidade dos contactos que presenciei (e sofri!) juntar um kart modesto, o 9º lugar final foi menos mau. Valeram algumas disputas pontuais, mas essencialmente deu para ter saudades de karts sem ferros, enfim, palavras para quê?, ficaram as dores de costas ;)

Já na segunda manga procurei aproveitar melhor os treinos e consegui um pouco melhor: 7º. A corrida em si foi um pouco mais animada com disputas (muito) intensas, mas - a meu ver correctas - designadamente com o meu grande amigo Luis (rabugento) Melo :), tendo terminado em 6º.

Nestas alturas lembro-me duma expressão do filme Dias de Tempestade: "Son, rubbing is racing!" Ao que pessoalmente acrescento "but hitting and/or not braking is not!" E neste caso não foi mesmo, acreditem.

Antes de terminar quero pedir publicamente desculpa à Rosário que ultrapassei graças a um toque involuntário (a sério, perguntem-lhe :)) e a quem bem tentei devolver de imediato a posição; só que como a diferença de andamento era significativa isso implicaria perder várias posições; aqui fica a promessa de numa próxima oportunidade demonstrar o meu cavalheirismo...

Agora sim, para fechar, a organização: caramba, não leram a minha última crónica??? E a chuva??? Sim, a chuva, porque aquele ameaço inicial não conta! Ó Rui, se a chuva se atrasou e só chegava após o almoço tinhas invertido a ordem dos trabalhos: almoçávamos primeiro e corriamos depois, assim não se perdia a preciosa chuvinha. De novo, caramba!!!

E para todos (e respectivas famílias) um Santo e Feliz Natal e um excelente arranque (limpinho, i.e., sem ferros!!!) de 2008.

Um abraço para todos,

Luis (pé na chapa) Vaz